sexta-feira, 8 de maio de 2015

Voluntários sul-americanos fazem campanha contra o abuso sexual

A prevenção ao abuso sexual de crianças e adolescente é o que mobiliza um grupo de voluntários da Argentina, Uruguai e Peru, integrantes do Grupo de Apoio a Megaeventos (Game), da Rede Mercocidades. Durante a Copa do Mundo FIFA 2014, em Porto Alegre, eles abordam turistas e distribuem material informativo que explica que essa atitude é crime no Brasil e que quem desrespeitar a lei pode ser preso.

Entre os voluntários, um grupo de amigos da cidade de Trinidad, no Uruguai realiza atividades participativas, palestras, viagens, acampamentos, passeios, brincam com as crianças e educam profissionalmente. O diretor do Centro Juvenil Gorriones de La Noche, Juan Eduardo, os estudantes Marcel Francia e Hernan Cortiglia, o pedreiro Gabriel Muniz e o pintor Nicolas Barcelo foram selecionados pelo governo uruguaio para trabalhar voluntariamente durante a Copa na capital.

A argentina Soledad Santillan, professora de educação física, também é uma das voluntárias do GAME destaca a importância da iniciativa de Porto Alegre, única durante o mundial. "Nós vamos ficar somente em Porto Alegre durante a Copa porque a organização e atuação deste grupo só acontece nesta cidade”, explica Soledad.

Texto de: Leticia Anele Kruse (Estagiária) - Supervisão de Vitor Paz
Edição de: Elio Angelino Bandeira Filho
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.


Foto: Letícia Anele Kruse


http://www2.portoalegre.rs.gov.br/portal_pmpa_novo/default.php?p_noticia=170507&VOLUNTARIOS+SUL-AMERICANOS+FAZEM+CAMPANHA+CONTRA+O+ABUSO+SEXUAL

Uma agência em Prol do Cidadão

A estrutura da Comunicação Social da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul é dividida em quatro setores que são a Agência de Notícias, Fotografia, TV ALRS e Rádio Web nas quais trabalham em conjunto para manter a transparência de atos públicos relacionados ao Governo.

A Agência de Notícias é o setor que analisa e edita as matérias que são distribuídas pelo site e pelo Twitter, que é a única rede social utilizada oficialmente pela Assembleia. Em conjunto com a Rádio Web e a TV ALRS, a principal missão é transmitir informações para todos os públicos e veículos interessados nas notícias do parlamento gaúcho. O abastecimento do portal acontece diariamente, normalmente o material é liberado após ao meio dia. Os índices de audiência são controlados pelo setor da informática e repassados a Agência.

Os integrantes do setor de fotografia trabalham com pautas pré-definidas e algumas fotos são enviadas por assessores dos deputados e analisadas antes da divulgação.

A TV ALRS é a emissora que faz mais programas ao vivo em Porto Alegre e é composta por programas de entrevistas, debates, telejornais e a transmissão de audiências públicas. As 20 horas de programação inédita mais importantes vão para o site da TV. Na região metropolitana de Porto Alegre a sintonia pode ser feita pelo canal 62.1, pelo canal 16 da Net, pelo portal da Assembleia ou por satélite.


A Rádio Web se mantém no ar vinte e quatro horas por dia em tempo real e está vinculada ao departamento de jornalismo, há uma integração entre os setores para definição das pautas. A rádio presta serviços aos deputados gravando entrevistas e distribuindo o material para outras rádios e realiza boletins do parlamento gaúcho. 

Foto: Stheve Balbinotti





                                                                                                                                                               
Texto: Letícia Anele Kruse e Stheve Balbinotti

As boas-vindas de Porto Alegre

Porto Alegre é uma das cidades que está sediando a Copa do Mundo FIFA 2014, e por conta disso, tem muitas atrações turísticas específicas para o evento, o que ajuda crescer o número de visitantes. A maioria dos turistas que vêm apreciar os jogos e a cidade, passam primeiramente pelo  Aeroporto Salgado Filho, onde são as boas vindas para a Copa.

Ana Clara, funcionária de uma companhia aérea, fala um pouco sobre o que acha da estrutura. "Já é estruturado para receber uma demanda muita grande, então foram necessárias pequenas reformas, como a melhoria das lixeiras. Para mim, o problema do ambiente é o estacionamento, onde tem poucas vagas públicas e privadas”, explica ela

"As obras de acesso ao aeroporto não ficaram prontas, e isso causou mais transtorno do que já era, porque a via principal ficou bloqueada, colocando uma via secundária na qual gera um congestionamento. Mas dentro do aeroporto não vai ter nenhum tipo de caos, por conta dos policiais federais que estarão transitando por lá", afirma Ana.

Uma base importante, além da estrutura, é o treinamento que os funcionários tiveram para receber a Copa, se eles sabem falar algum outro idioma, nem que seja o mais básico. "Na companhia em que eu trabalho, foi disponibilizado um curso virtual de idiomas e de preparação para a Copa”, segundo Ana.

                                                            Foto: Camila Domingues

Somos todos macacos ou não?

No último domingo, dia 27 de abril, ocorreu um ato racista no jogo Barcelona x Villarreal, quando um torcedor do Villarreal jogou uma banana em direção ao lateral do Barcelona Daniel Alves. Logo em seguida, o jogador  teve uma atitude bem interessante e  curiosa pelo fato de ter comido a banana. A partir desse dia, Neymar lançou uma campanha com uma foto dele e do filho onde os dois estão com bananas e colocou a hashtag #somostodosmacacos, e desde então, outros famosos fazem o mesmo contra o racismo. Mas muitas pessoas também não gostaram de serem chamadas de macacos e essa campanha acabou virando tão polêmica quanto o ato racista.

Ismael Fagundes é gaúcho, estudante de Arquitetura e Urbanismo na UniRitter de Porto Alegre, negro e contra a campanha #somostodosmacacos. "Sou contra por diversos motivos,  eu respeito essas manifestações, mas eu vejo uma grande ridicularização da imagem do povo negro (uma parte de gozação também). E o macaco assim como todos os animais ou seres humanos merecem respeito. Então, se ofendam por serem chamados de negro pobre, negro sujo, porque não conseguem  emprego por suas cores e não pelo fato de serem chamados de macacos. Até porque muita gente que acha uma palhaçada essa história de macaco, já ligou pra um amigo(a) sem ofender e disse : "E aí macaca como está? Saudades". Então pessoal, não se ofendam por pouca coisa e procurem a mudança em vez de criticarem. Unam-se e mostrem para sociedade que ser chamado de macaco não nos ofendem mais, pois , qualquer dia, isso já não vai ser mais ofensa e os racistas não terão mais argumentos para nos ofender ", afirma Ismael.
Ismael  Fagundes - Foto Pessoal



Yan Barros é baiano, estudante de Engenheria Elétrica na UNIFACS - Universidade Salvador, negro e é a favor da campanha #somostodosmacacos. "Nós como simples participantes da sociedade não temos ao nosso favor a mídia, para assim podermos fazer nossas reclamações, nossas indignações e nossos apelos. Os atores, ao contrário, têm toda a visibilidade necessária, sendo grandes influenciadores da contemporaneidade, através das novelas, comercias e vários tipos de trabalhos que venham a abranger uma grande quantidade de pessoas. É  mais do que dever deles aproveitar essa visibilidade para mostrar a indignação que nós todos estamos sentindo com essa ignorância que ainda nos circunda, o preconceito. Mostrar a banana seria   uma forma de dizer que nós todos somos iguais, tão iguais quanto o cara que jogou a banana, mostrar assim que é uma fruta como outra quaquer, apesar de  representar por trás um preconceito racial", afirma Yan.

                                                
Yan Barros - Foto Pessoal

Mães Prematuras

A maioria das mulheres sonham ser mães, mas muitas vezes, esse sonho acaba virando realidade cedo demais. Muitas são mães adolescentes, entre 13 a 17 anos. As vezes, o fato delas serem muito novas, afeta o relacionamento com familiares e/ ou amigos. Ao mesmo tempo, elas acabam ficam mais responsáveis, mais adultas antes do tempo.

Renata Gonçalves de Castro, 38 anos, teve seu filho com 14 anos. "Estudava na quinta série quando engravidei, as mães das minhas amigas e das minhas colegas de colégio não me queriam perto delas, tive que parar de estudar por causa da gravidez e do preconceito, só voltei aos estudos após o nascimento do meu filho. Na família, minha mãe aceitou, mas meu pai resistiu. Na época, após o nascimento do meu filho, ele parou de falar comigo" disse Renata.      


Renata com 22 anos, ao lado de seu filho Danilo, com 8 anos. Fonte: Arquivo Pessoal

Já para a Ana Paula Longaroy, 34 anos, que foi mãe com 17 anos, a família inteira aceitou super bem o fato dela ter sido mãe adolescente. "Fiquei assustada nos primeiros dias, mas a minha família apoiou totalmente, até mesmo porque eu já era casada, mas alguns amigos me criticaram por ter sido mãe muito nova, eles achavam que eu tinha que fazer faculdade, me formar, viajar, aproveitar minha juventude. Mas eu não me arrependo nunca de ter sido mãe prematura, não me atrapalhou em nada, nunca deixei de fazer minhas coisas por causa dela e  foi a "coisa" mais bonita da minha vida" disse Ana Paula.

                                                         
Ana e sua filha Bhianca nos dias atuais. Fonte: Arquivo Pessoal